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Mamografia: um exame essencial no rastreio do cancro da mama

29 outubro 2025
Mamografia: um exame essencial no rastreio do cancro da mama

O cancro da mama é o tipo de cancro mais frequente entre as mulheres em Portugal e uma das principais causas de mortalidade feminina. A deteção precoce é fundamental: quando diagnosticado numa fase inicial, as hipóteses de cura ultrapassam os 90%.

O que é a mamografia?

A mamografia é um exame radiológico simples e rápido que permite identificar alterações no tecido mamário, mesmo antes de surgirem sintomas ou nódulos palpáveis. Trata-se do principal exame de rastreio do cancro da mama, reconhecido internacionalmente como o método mais eficaz para reduzir a mortalidade associada a esta doença.


Benefícios do rastreio mamográfico

  • Deteção precoce: permite identificar lesões malignas em fases iniciais, aumentando a eficácia do tratamento.
  • Tratamentos menos invasivos: tumores detetados precocemente tendem a exigir cirurgias menores e menor recurso a quimioterapia.
  • Redução comprovada da mortalidade: os programas de rastreio populacional reduzem significativamente o número de mortes por cancro da mama.

Riscos e limitações

Embora seja um exame seguro, é importante conhecer as suas limitações:

  • Exposição a radiação: mínima e dentro dos limites considerados seguros.
  • Resultados falso-positivos: podem levar a exames adicionais e ansiedade desnecessária.
  • Resultados falso-negativos: embora raros, podem ocorrer, especialmente em mamas densas.
  • Sobrediagnóstico: algumas lesões detetadas poderiam não evoluir para cancro clínico significativo.

O equilíbrio entre benefícios e riscos é amplamente favorável à realização do exame conforme as recomendações de rastreio.


Rastreio do cancro da mama em Portugal

Em Portugal, o Programa de Rastreio do Cancro da Mama é coordenado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro e pelos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), integrando o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As recomendações nacionais são:

A nova norma da DGS, publicada em dezembro de 2024, alargou o rastreio do cancro da mama para incluir mulheres entre os 45 e os 74 anos, substituindo a antiga faixa etária de 50 a 69 anos. A alteração, que começou a ser implementada em março de 2025, visa alinhar Portugal com as recomendações europeias, permitindo um diagnóstico mais precoce e uma maior equidade no acesso a cuidados de saúde

Assim sendo o rastreio está recomendado para mulheres entre os 45 e 74 anos: devem realizar uma mamografia de dois em dois anos (periodicidade bienal).

O rastreio é gratuito, realizado por convocatória enviada à residência da utente, com possibilidade de marcação direta junto das unidades móveis ou centros de diagnóstico credenciados.


Populações de risco acrescido

Algumas mulheres apresentam um risco superior ao da população geral, devendo iniciar vigilância mais precoce e personalizada. São consideradas de risco acrescido as mulheres com:

História familiar de cancro da mama ou do ovário (sobretudo familiares de 1.º grau afetados antes dos 50 anos).

Presença de mutações genéticas (por exemplo, BRCA1 ou BRCA2).

História pessoal de cancro da mama, doença mamária proliferativa atípica ou radioterapia torácica em idade jovem.

Nestes casos, o rastreio deve ser individualizado, podendo iniciar-se a partir dos 35–40 anos (ou até mais cedo, conforme avaliação médica), e incluir mamografia anual associada a ressonância magnética mamária, conforme orientação de um especialista.

Como é realizada a Mamografia?

A Mamografia é um exame radiológico realizado num aparelho médico denominado Mamógrafo. São obtidas imagens das glândulas mamárias em vários planos através de uma compressão do tecido mamário. 

Que exames complementares que podem ser necessários?

Mediante o resultado da Mamografia, pode, em alguns casos, ser necessário complementar o estudo com outros exames adicionais, nomeadamente a Ecografia Mamária, Ressonância Magnética Mamária e Biópsia.


A mamografia é uma ferramenta essencial na luta contra o cancro da mama. O rastreio regular permite salvar vidas, reduz o impacto dos tratamentos e melhora a qualidade de vida das mulheres.

Participar no programa de rastreio é um gesto simples, rápido e seguro — mas que faz toda a diferença.

Cátia Ribeiro, Dra


  • Especialidade

    Cirurgia Geral

    Cirurgia Geral a exercer no Instituto Português de Oncologia do Porto mais dedicada a areas de Patologia Mamária e Patologia Esofago-gástrica

  • Áreas de Diferenciação

    Atividade cirúrgica nas áreas de Cirurgia Mamária, Patologia esófago-gástrica, Acessos venosos centrais, Cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica e robótica)

  • Formação académica

    Mestrado Integrado em Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar de 2004-2010

    Formação de Internato Medico Geral no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho em 2011

    Internato de Formação Especifica em Cirurgia Geral no Instituto Português de Oncologia do Porto de 2012-2018

    Obtenção do grau de especialista em Cirurgia Geral em Março de 2018 após realização de prova pública de Avaliação Final do Internato Complementar de Cirurgia Geral, no Centro Hospital de Vila Nova de Gaia/ Espinho

  • Atividade profissional

    Assistente Hospitalar de Cirurgia Geral no Instituto Português de Oncologia desde 2018

    Atividade assistencial na Clínica da Mama e na Clínica de Digestivos do IPO Porto desde 2015

    Colaboradora na Consulta de Risco da Mama no IPO Porto desde 2019

    Coordenadora do ensino pré-graduado da Unidade Curricular de Cirurgia do 6º ano de Medicina desde 2017

    Coordenadora do ensino pós-graduado em Cirurgia Geral no Serviço de Oncologia Cirúrgica do IPO Porto desde 2025

  • Atividade académica

Pedro Madaleno, Dr


  • Especialidade

    Radiologia

  • Área de Diferenciação

    Radiologia Músculo-Esquelética

  • Formação académica

    Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

    Pós Graduação em Gestão e Administração Hospitalar pela Universidade Portucalense

  • Atividade profissional

    Assistente Hospitalar de Radiologia desde 2008

    Assistente Hospitalar de Radiologia no Serviço de Radiologia do Hospital de São João, no Porto, em 2008 e 2009.

    Assistente Hospitalar de Radiologia no Serviço de Radiologia do Centro Hospital de Vila Nova de Gaia/Espinho, de 2009 a dezembro de 2016.

    Responsável Médico pelo Setor de Ressonância Magnética do Serviço de Radiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, de 2009 a dezembro de 2016.

    Colabora como Médico Radiologista com o Hospital da Misericórdia de Vila do Conde desde 2008

    Assume funções de Direção Técnica no Serviço de Imagiologia do Hospital da Misericórdia de Vila do Conde, desde 2017

    Consultor em Radiologia desde 2020

  • Atividade académica

    Docente da Licenciatura em Técnico de Radiologia da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, entre 2005 e 2008

    Orientador de Formação do Internato Complementar de Radiologia

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